Pensam e sonham, um olhar para fora e um olhar para dentro, prontos para darem significados e sentidos às formas. Rever suas idéias, suas visões, recomeçar novamente é preciso. Um dia sem pintar, sem fazer um rabisco, um desenho e já se sentem diferentes.

Um artista vê seu mundo sempre repleto de contradições, em ebulição, pronto a explodir. Vê seu ânimo e seu espírito, suas linhas na trajetória do sol, das nuvens e da lua. O mundo desenvolvido engolindo indigesto o mundo subdesenvolvido.

Poesia e revolta formam o coração dessa artista e coragem para juntar todos esses mundos e dá-lhes rostos e expressões.

Nos primeiros anos de vida a primeira coisa que fez foi pintar as paredes da casa de sua mãe, a manifestação da veia artística. No fim dos tempos seu quarto é seu atelier, sua biblioteca, seu mundo, suas lembranças, tudo ao alcance de seus olhos, suas mãos, suas tintas, seus pincéis.

 

Texto João Carlos