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No inicio eram pretos e cinzas, traços ziguezagueando em nuvens carregadas, positivas e negativas, yin e yang.
Algo sempre em gestação, gritando, nascendo.
Mundos pictóricos ligando-se as palavras, as contemplações, movendo-se em todas as direções.
Buscando, capturando, absorvendo, expulsando.
Mãos, braços, olhos, mente e coração fazendo as conexões com os fluxos do dia e da noite.
Combinar, recombinar, transformar, submergir, borbulhar, mais, mais e mais.
Depois são cores, muitas cores.
Movimentos, caminhos, espaços, duvidas e linhas e círculos, azuis e vermelhos.
Quando a caverna repleta de pinturas, de bisões magicamente fixados nos tetos e nas paredes ... , há muito os caçadores se foram.
Alguém se move, envolto em sonhos e tintas, em tramas e desenhos, continuando sua aventura, multiplicando sua arte, fazendo-a melhor e maior.
Texto: João Carlos
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