Não se pode falar em arte abstrata no Brasil, sem citar Volpi. Sua trajetória é uma das mais belas e emocionantes.

Sempre esteve aberto aos ensinamentos da arte universal. Mesmo vivendo proletariamente, não parava de se renovar. Sua vigorosa personalidade artística foi capaz de absorver as influências e elabora-las criativamente. Tornou-se um mestre da cor. Um autêntico inovador, usando, numa linguagem nova, a pintura das casinhas suburbanas e as bandeirinhas das festas populares brasileiras.

Seria bom fazer uma visita ao nosso museu AfroBrasil no Ibirapuera. Lá encontrariam uma Arte de uma beleza comovente no geometrismo abstrato de Rubem Valentim, assim como o abstracionismo de cunho religioso de Ronaldo Rêgo e do Mestre Didi, as esculturas de Edival Ramosa e de Jorge Luis dos Anjos, as gravuras de Emanuel Araújo. Alguém teria coragem de dizer que esses artistas foram ou são influenciados pelos americanos?

No Brasil a miscigenação étnica (talvez, uma das mais amplas do planeta) é refletida na pluralidade de seus agentes culturais, na diversidade de suas produções.

Temos uma arte com forte influência africana, indígena e européia.

A arte africana e a arte indígena, ambas bastante diversificadas segundo suas etnias africanas e suas tribos indígenas, – não usam em suas diversas manifestações, a arte figurativa – usam símbolos, abstrações geométricas, etc.